DISFUNÇÃO ERÉTIL

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A disfunção erétil, também conhecida como impotência sexual, é a incapacidade de se obter ou manter uma ereção peniana adequada para que ocorra a penetração vaginal. É um distúrbio orgânico comum que afeta de maneira importante muitos homens e suas parceiras. Sua incidência é mais comum em homens com mais de 40 anos.

A disfunção erétil pode ser dividida em seis categorias:

Psicogênica: de origem emocional. Por exemplo: nervosismo e estresse.

Hormonal: quando há desequilíbrios hormonais. Por exemplo: níveis elevados de prolactina (hormônio produzido na hipófise, situada no cérebro e relacionado com a produção de leite na mulher) e níveis baixos de testoterona (hormônio sexual masculino).

Neurogênica: devido a distúrbio do sistema nervoso central ou nervos periféricos. Por exemplo: alcoolismo, diabetes, trauma raquimedular e esclerose múltipla.

Arterial: quando o problema está nas artérias que irrigam o pênis. Por exemplo: arterioesclerose, traumatismo pélvico.

Disfunção veno-oclusiva (cavernosa): quando o problema está no sistema venoso de drenagem sanguínea do pênis. Por exemplo: trombose da veia peniana.

Farmacológica: em decorrência do uso de substâncias medicamentosas: diuréticos, tranquilizantes, anti-hipertensivos, antidepressivos, corticosteróides, estrógeno, progesterona, tabaco, anfetaminas, opiáceos e cocaína.

Fatores de risco:

Diabetes, tabagismo, consumo frequente de álcool, antecedente de doença arteriosclerótica coronariana e cirurgias pélvicas.

Importante:

Existem vários testes diagnósticos que ajudam o médico urologista a decidir, juntamente com o paciente, o melhor tratamento a ser utilizado. No entanto, é fundamental que o paciente vença os tabus e repasse ao urologista todas as informações a respeito do que está sentindo tanto emocional quanto fisicamente.

Tratamentos disponíveis:


Vacuoterapia: o índice de satisfação gira em torno de 55% dos casais americanos submetidos,  tendo desvantagem pelo fato de que a ereção não deve se prolongar por mais de trinta minutos.

Auto-injeção intracavernosa de drogas vasoativas:

Papaverina – atualmente sua utilização isolada foi abolida devido às complicações que pode causar, sendo a mais temível a fibrose dos corpos cavernosos ou o priapismo, levando a uma lesão irreversível do órgão eretor.

Prostaglandina E1 (PGE1) – bastante eficiente, com sucesso em 79% dos casos, independentemente da causa que levou à disfunção sexual. O efeito colateral mais importante é a dor no local da aplicação e que ocorre em 40% dos pacientes.

Associação da PGE1, fentolamina e papaverina – permite a utilização de doses muito pequenas de cada droga, com sucesso superior a 95% dos casos de impotência de qualquer etiologia. É praticamente isenta de efeitos colaterais e não causa dor peniana. Raramente ocasiona priapismo.

Implante de prótese:

Semi-rígidas: 98% de sucesso (a mais usada no Brasil).

Infláveis 97% de sucesso (devido ao alto custo é raro seu uso no Brasil).

A complicação mais importante do uso de próteses é a infecção, que pode ocorrer em até 10% dos casos.

Tratamento oral:

Sildenafil – vasodilatador, inibidor da 5 – fosfodiesterase, enzima presente no corpo cavernoso do pênis e que está envolvida no mecanismo de ereção. Necessita ser administrado 1 hora antes da relação sexual. Promove sérios efeitos colaterais em pacientes cardíacos que usam vasodilatadores do tipo nitratos. Apresenta 76% de sucesso no tratamento da disfunção erétil de diferentes etiologias.

Fentolamina – bloqueador alfa-1 e alfa-2 adrenérgico do sistema nervoso simpático que também está envolvido no mecanismo da ereção peniana. Deve ser administrado 30 minutos antes da relação sexual, tendo como único efeito colateral a congestão nasal, apresentando 66% de sucesso. Apesar de estar à venda no Brasil, ainda não foi aprovado pelo F.D.A. nos Estados Unidos, onde permanece sob investigação científica.

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