Dificuldade para urinar pode comprometer a função renal.
É preciso buscar orientação médica para definir o tratamento, pois problemas urinários podem levar ao comprometimento da função renal a médio e longo prazo
O problema pode começar com uma dificuldade para urinar e com a diminuição do jato urinário, impedindo o esvaziamento da bexiga, conforme o médico urologista, dr. Gustavo Cruz, “isso ocorre quando existe alguma patologia interferindo no fluxo urinário. A urina é formada por água e resíduos removidos do nosso corpo pelos rins. A urina excretada pelos rins desce por um par de tubos, chamados de ureter, até chegar na bexiga. A bexiga é um reservatório similar a um balão que armazena urina. Assim como um balão, a bexiga é elástica, podendo ser enchida e esvaziada”, esclarece o especialista.
Na maioria das pessoas, existe um controle sobre esse armazenamento e esvaziamento, que permite à pessoa um enchimento de aproximadamente 400 ml e depois um esvaziamento completo da bexiga no momento adequado.
“A uretra é o canal por onde a urina sai da bexiga. Para que a bexiga seja esvaziada completamente no momento adequado, é necessária a coordenação entre o músculo da bexiga e os músculos que fecham a uretra (como se fossem uma torneira). É o esfíncter, que fica na base da bexiga e na parede da uretra. Quando relaxa, ele libera a passagem de urina. No mesmo momento, o músculo da bexiga contrai, expulsando a urina para fora da bexiga. Quando você termina de urinar, os esfíncteres se fecham e a bexiga para de contrair”, complementa dr. Gustavo Cruz.
Para que tudo funcione adequadamente e para que o ato de urinar ou de armazenar urina não sejam comprometidos, é necessário que uma complexa rede de neurônios e músculos trabalhem em total sintonia. “Qualquer problema que possa afetar o aparelho urinário precisa ser diagnosticado e tratado, pois pode levar ao comprometimento da função renal a médio e longo prazo”, alerta o especialista.
As principais patologias que podem levar à dificuldade para esvaziar a bexiga são:
•Hiperplasia prostática benigna (aumento da próstata);
•Estenose de uretra (estreitamento do canal da urina);
•Hipocontratilidade do músculo da bexiga (músculo da bexiga enfraquecido);
•Dissinergia vesico-esfincteriana (falta de coordenação entre o músculo da bexiga e da uretra);